A diferença entre o Ocidente e o Oriente é real. Latente. Pulsa constantemente a cada esquina.
Em Bangcoc, capital da Tailândia, não é diferente. Na verdade, tudo se transforma em novidade quando se está lá: desde os primeiros raios de sol, acompanhados dos leves movimentos do ioga e/ou feng shui, até o entardecer, com o insistente e pragmático trânsito nas vias principais e o grande movimento dos bares e restaurantes. É lamen para todo lado.
Durante o dia (muitos deles escaldantes), a rotina de um turista de primeira viagem é baseada nos templos budistas. Sim, é recomendável fazer essas paradas obrigatórias para, então, curtir passeios mais alternativos e o dia a dia dos tailandeses. Não tenha dúvida: a essência asiática está estampada nessas suntuosas construções coloridas e repletas de detalhes e história. Vale a visita.
São muitas as lendas envolvendo reis, sacerdotes e mestres na Tailândia. Buda, claro, é sempre o centro das atrações, e ganha interpretações mil a cada representação, seja em estátuas, telas ou cenários (com direito a demônios e cenas de batalha ao redor).
Com seu jeito sereno e solícito, Buda apresentou seu outro lado vencendo guerras (muitas delas interiores) e doutrinando povos. Foi capaz de espalhar provas de sua sabedoria e criou um estilo de vida que hoje é seguido por comunidades em todo o mundo.
Para nós, simples mortais pecadores, fica difícil descrever a sensação de entrar em um templo e meditar por alguns minutos. É inegável que existe uma força superior e um direcionamento de bons pensamentos nesses lugares sagrados. Chega a ser contagiante.
Ajoelhado e de olhos fechados, busquei ascensão ao lado de outros visitantes desconhecidos. A experiência deu certo.
Ao chegar a um completo vazio, encontrei Buda. No silêncio profundo da voz interior, as respostas saltaram como placas de sinalização, indicando o caminho a seguir.
Falei com Buda.
Meu Buda.
Todos nós somos um templo vivo.
E não podemos esquecer de se visitar a todo instante.
Palavras de um mestre sorridente.